A Cosmologia

Para Platão, uma cosmologia deve estar em condições de responder às três seguintes questões: a quais condições o mundo sensível poderia tornar-se cognoscível? De qual maneira poderíamos descrevê-lo? Como é possível nele agir eficazmente? Questões que expõem esta convicção universalmente compartilhada no mundo grego antigo: o que é submetido a uma mudança incessante não pode ser considerado como a realidade verdadeira. Para tornar-se objeto de discurso e objeto de conhecimento o mundo sensível deve apresentar, na própria mudança, alguma coisa que não mude, alguma coisa que apresente uma permanência verdadeira e que, portanto, encontra-se idêntico em todos os casos. Platão se dá conta desta exigência ao fazer esta hipótese desconcertante para um contemporâneo: existe um mundo de Formas, realidades imutáveis e universais, que o intelecto apenas pode conhecer que produz um discurso verdadeiro, e aos quais participam as coisas sensíveis que não são senão suas cópias. E é esta participação, que se opera pelo intermédio das matemáticas, que assegura ao mundo sensível permanência e regularidade suficientes para que nos permita falar dele, conhecê-lo e agir eficazmente nele.

A história da Academia na Antiguidade e as interpretações modernas e contemporâneas de Platão

Para a Antiguidade, nós evocaremos a Antiga e a Nova Academia, o Platonismo Médio e o Neoplatonismo. Após, passaremos às interpretações modernas: interpretação tradicional, interpretação analítica, interpretação esotérica, dialógica etc…

O realismo moral em Platão

Ao fazer dos valores morais formas inteligível, Platão pode ser considerado como um candidato para o realismo moral. Esta posição o leva a desenvolver uma epistemologia fundada sobre a reminiscência, e uma cosmologia cujo o Timeu porta o testemunho.

 

A teleologia em questão

O termo “teleologia” tomou a aparência de uma fórmula de encantamento naqueles que se interessam por Platão, Aristóteles e mesmo os Estóicos. Em Platão, três lugares são particularmente bem visados : a autobiografia de Sócrates no Fédon (96e-99d), o Timeu e o Livro X das Leis. Neste curso, eu me limitarei aqui ao Timeu. Eu gostaria de mostrar meu interesse a uma interpretação corrente, aquela que invoca a “teleologia”: um composto cujo o primeiro termo deriva do grego telos, o “fim”, e do segundo logos, a “explicação”; o termo faz referência à causa final em Aristóteles.

Luc Brisson

Local: auditório 002 no bloco Beta

Horários:

Dia 28 – 9:30h às 12:00h

Dia 29 – 9:30h às 12:00h

Dia 30 – 9:30h às 12:00h

 

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